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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Siouxsie and the Banshees - Música





Um registo completamente diferente! Mas como é bom apanhar com uma boa dose de energia. Num período um pouco "Noir", pode-se dizer, da minha adolescência cruzei-me com grande nomes da música. Siouxie era irreverente, um pouco fora do normal e é por isso que eu gostava dela. Outros nomes fazem parte desta lista que vou abrindo conforme a minha vontade...












quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Elena Undone - Filme - Movie

De Nicole Conn

(In Englisn at the end of the Portuguese message)

Traci Dinwiddie e Necar Zadegan

 

O Filme! 
Elena Undone é o filme que aborda melhor o tema do amor entre duas mulheres. (Para mim, claro!). Mais uma vez o contraste entre a realidade em que as duas protagonistas vivem é enorme. A ligação com a religião é estreita, no entanto, não choca quem se apercebe da progressão da história. A religião é feita para ligar as pessoas e não para as afastar! O amor está no coração das pessoas!
As actrizes são fenomenais! Quanto à realizadora, que para mim é a melhor quando se trata de temas que tocam as mulheres, descreve esta jornada com uma beleza, um pudor, que nos leva a adorar tudo no filme. Enquanto está aqui e no Youtube é de aproveitar, amanhã pode já não estar...

http://www.4shared.com/video/CByEgqGn/elena_undone.html#

http://filenuke.com/f/b6vLPmO/?code=3e22f61224bfbc8db63431289a69e98d

http://www.tubeplus.me/player/169917/Elena_Undone/

Elena.Undone.2010.DVDRiP.XviD.Ac3-SLRG.flv.mp4

http://en.wikipedia.org/wiki/Elena_Undone

The Movie!

Elena Undone is the film that best addresses the theme of love between two women. (For me, of course!). Once again, the contrast between the reality in which the two protagonists live is enormous. The connection with religion is close, however, it doesn´t shock anyone who is aware of the progression of history. Religion is designed to connect people and not to drive them away! Love is in people's hearts!
The two actresses are phenomenal! As the director, which, for me, the best when it comes to themes that touch women, she describes their journey with a beauty, a modesty, which leads us to love everything in the movie. 


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Paco De Lucía - Música

Paco De Lucía


Em homenagem a Paco De Lucía que nos deixou hoje. Deixou-nos mas uma coisa é certa: o seu legado irá perdurar por muitos e muitos anos. Um exímio guitarrista!
Em cima com o seu "Paco De Lucia Sextet". No meio, como guitarrista clássico tocando no Concerto de Aranjuez. Em baixo, com outros dois grandes guitarristas com o qual ele tocou, trabalhou e nos encantou. 






Que Virtuosismo! Super!

http://pt.wikipedia.org/wiki/Paco_de_Luc%C3%ADa

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

The Gold Rush - A Quimera do Ouro - Filme

De Charlie Chaplin


Charlie Chaplin - O jantar


basta ativar as legendas




Adoro tudo neste "The Gold Rush": a casa quase a cair; a visão da galinha; o jantar imaginado; o amor que acaba por vencer. Um filme divertido, poético e triste ao mesmo tempo. Um Chaplin no seu melhor!

Erik Satie - Gymnopedie nº 1- 2-3

Erik Satie




Adoro a Gimnopedie nº1! Adoro Erik Satie! Uma música que se equipara ao silêncio na beleza.
E tudo começa bem...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Erik_Satie

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Imagine Me & You - Imagine Eu e Você - Filme

De Ol Parker


Piper Perabo e Lena Headey

Quando pensei em fazer um Blogue sobre cinema, (sobre alguns filmes, poesia, etc...), queria que ele fosse o mais inclusivo possível. Os temas que são abordados são assuntos que de alguma forma me tocam. Pretendo, (a minha modesta pessoa), mostrar que existe várias formas de amar e de amor, e que elas têm todas um lugar nas sociedades em que vivemos, bem como, nas mentes mais libertas e no meu coração.
"Imagine me and you" é uma comédia romântica, ligeira, feita para passar um bom serão. Gosto dela por isso, faz me passar um bom tempo e não complica em nada. Ah! A história em si é um pouco complicada, mas tudo corre pelo melhor. Em cima está "dublado" em brasileiro, e no link em baixo está em inglês com tradução em espanhol. É melhor que nada!.
Podem escolher o que mais gostarem...

https://amyscans.com/filmes/imagine-eu-e-voce/








http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagine_Me_%26_You

Álvaro de Campos - Saudação a Walt Whitman

Walt Whitman e Fernando Pessoa

Saudação a Walt Whitman

Poesia de Álvaro de Campos - Livro de Versos . Fernando Pessoa. (Edição crítica. Introdução, transcrição, organização e notas de Teresa Rita Lopes.) Lisboa: Estampa, 1993.  - 24a.

Portugal-Infinito, onze de Junho de mil novecentos e quinze...
Hé-lá-á-á-á-á-á-á!
De aqui, de Portugal, todas as épocas no meu cérebro,
Saúdo-te, Walt, saúdo-te, meu irmão em Universo,
Ó sempre moderno e eterno, cantor dos concretos absolutos,
Concubina fogosa do universo disperso,
Grande pederasta roçando-te contra a diversidade das coisas
Sexualizado pelas pedras, pelas árvores, pelas pessoas, pelas profissões,
Cio das passagens, dos encontros casuais, das meras observações,
Meu entusiasta pelo conteúdo de tudo,
Meu grande herói entrando pela Morte dentro aos pinotes,
E aos urros, e aos guinchos, e aos berros saudando Deus!
Cantor da fraternidade feroz e terna com tudo,
Grande democrata epidérmico, contíguo a tudo em corpo e alma,
Carnaval de todas as acções, bacanal de todos os propósitos
Irmão gémeo de todos os arrancos,
Jean-Jacques Rousseau do mundo que havia de produzir máquinas,
Homero do insaisissable do flutuante carnal,
Shakespeare da sensação que começa a andar a vapor,
Milton-Shelley do horizonte da Electricidade futura!
Incubo de todos os gestos,
Espasmo p’ra dentro de todos os objectos de fora
Souteneur de todo o Universo,
Rameira de todos os sistemas solares, paneleiro de Deus!
Eu, de monóculo e casaco exageradamente cintado,
Não sou indigno de ti, bem o sabes, Walt,
Não sou indigno de ti, basta saudar-te para o não ser...
Eu tão contíguo à inércia, tão facilmente cheio de tédio,
Sou dos teus, tu bem sabes, e compreendo-te e amo-te,
E embora te não conhecesse, nascido pelo ano em que morrias,
Sei que me amaste também, que me conheceste, e estou contente.
Sei que me conheceste, que me contemplaste e me explicaste,
Sei que é isso que eu sou, quer em Brooklyn Ferry dez anos antes de eu nascer,
Quer pela rua do Ouro acima pensando em tudo que não é a rua do Ouro,
E conforme tu sentiste tudo, sinto tudo, e cá estamos de mãos dadas,
De mãos dadas, Walt, de mãos dadas, dançando o universo na alma.
Quantas vezes eu beijo o teu retrato.
Lá onde estás agora (não sei onde é mas é Deus)
Sentes isto, sei que o sentes, e os meus beijos são mais quentes (em gente)
E tu assim é que os queres, meu velho, e agradeces de lá,
Sei-o bem, qualquer coisa mo diz, um agrado no meu espírito,
Uma erecção abstracta e indirecta no fundo da minha alma.
Nada do engageant em ti, mas ciclópico e musculoso,
Mas perante o universo a tua atitude era de mulher,
E cada erva, cada pedra, cada homem era para ti o Universo.
Meu velho Walt, meu grande Camarada, evoé!
Pertenço à tua orgia báquica de sensações-em-liberdade,
Sou dos teus, desde a sensação dos meus pés até à náusea em meus sonhos,
Sou dos teus, olha pra mim, de aí desde Deus vês-me ao contrário:
De dentro para fora... Meu corpo é o que adivinhas, vês a minha alma —
Essa vês tu propriamente e através dos olhos dela o meu corpo —
Olha pra mim: tu sabes que eu, Álvaro de Campos, engenheiro,
Poeta sensacionista,
Não sou teu discípulo, não sou teu amigo, não sou teu cantor,
Tu sabes que eu sou Tu e estás contente com isso!
Nunca posso ler os teus versos a fio... Há ali sentir de mais...
Atravesso os teus versos como a uma multidão aos encontrões a mim,
E cheira-me a suor, a óleos, a actividade humana e mecânica
Nos teus versos, a certa altura não sei se leio ou se vivo,
Não sei se o meu lugar real é no mundo ou nos teus versos,
Não sei se estou aqui, de pé sobre a terra natural,
Ou de cabeça p’ra baixo, pendurado numa espécie de estabelecimento,
No tecto natural da tua inspiração de tropel,
No centro do tecto da tua intensidade inacessível.
Abram-me todas as portas!
Por força que hei-de passar!
Minha senha? Walt Whitman!
Mas não dou senha nenhuma...
Passo sem explicações...
Se for preciso meto dentro as portas...
Sim — eu franzino e civilizado, meto dentro as portas,
Porque neste momento não sou franzino nem civilizado,
Sou EU, um universo pensante de carne e osso, querendo passar,
E que há-de passar por força, porque quando quero passar sou Deus!
Tirem esse lixo da minha frente!
Metam-me em gavetas essas emoções!
Daqui p’ra fora, políticos, literatos,
Comerciantes pacatos, polícia, meretrizes, souteneurs,
Tudo isso é a letra que mata, não o espírito que dá a vida.
O espírito que dá a vida neste momento sou EU!
Que nenhum filho da puta se me atravesse no caminho!
O meu caminho é pelo infinito fora até chegar ao fim!
Se sou capaz de chegar ao fim ou não, não é contigo, deixa-me ir...
É comigo, com Deus, com o sentido-eu da palavra Infinito...
Prá frente!
Meto esporas!
Sinto as esporas, sou o próprio cavalo em que monto,
Porque eu, por minha vontade de me consubstanciar com Deus,
Posso ser tudo, ou posso ser nada, ou qualquer coisa,
Conforme me der na gana... Ninguém tem nada com isso...
Loucura furiosa! Vontade de ganir, de saltar,
De urrar, zurrar, dar pulos, pinotes, gritos com o corpo,
De me cramponner às rodas dos veículos e meter por baixo,
De me meter adiante do giro do chicote que vai bater,
De me (...)
De ser a cadela de todos os cães e eles não bastam,
De ser o volante de todas as máquinas e a velocidade tem limite,
De ser o esmagado, o deixado, o deslocado, o acabado,
E tudo para te cantar, para te saudar e (...)
Dança comigo, Walt, lá do outro mundo esta fúria,
Salta comigo neste batuque que esbarra com os astros,
Cai comigo sem forças no chão,
Esbarra comigo tonto nas paredes,
Parte-te e esfrangalha-te comigo
E (...)
Em tudo, por tudo, à roda de tudo, sem tudo,
Raiva abstracta do corpo fazendo maelstroms na alma...
Arre! Vamos lá prá frente!
Se o próprio Deus impede, vamos lá prá frente... Não faz diferença...
Vamos lá prá frente
Vamos lá prá frente sem ser para parte nenhuma...
Infinito! Universo! Meta sem meta! Que importa?
Pum! pum! pum! pum! pum!
Agora, sim, partamos, vá lá prá frente, pum!
Pum
Pum
Heia...heia...heia...heia...heia...
Desencadeio-me como uma trovoada
Em pulos da alma a ti,
Com bandas militares à frente [...] a saudar-te...
Com um [...] contigo e uma fúria de berros e saltos
Estardalhaço a gritar-te
E dou-te todos os vivas a mim e a ti e a Deus
E o universo anda à roda de nós como um carrocel com música dentro dos nossos crânios,
E tendo luzes essenciais na minha epiderme anterior
Eu, louco de [...] sibilar ébrio de máquinas,
Tu célebre, tu temerário, tu o Walt — e o [...],
Tu a [sensualidade porto?]
Eu a sensualidade com [...]
Tu a inteligência (...)
11-6-1915

Memoirs of a Geisha - Memórias de uma Gueixa - Filme

De Rob Marshall



https://drive.google.com/file/d/1CsgvjiZAiX_HMj3eBo9INd6ZkqacCKI0/view?fbclid=IwZXh0bgNhZW0CMTEAAR3cVhdEWL9NjkpYkv2WG5pZe4eYrGLqziKU34a1Ij-L5me6yewdrQW4Pa4_aem__EPblYRWP5kxoXgTNinqlQ

Um filme sobre a devoção ao amor. Memórias de uma Gueixa mostra a rotina das gueixas, com as suas obrigações, frustrações, desilusões e as suas esperanças. Algumas eram verdadeiras estrelas. Sayuri conquista a sua esperança, mas, à um preço muito elevado. Um filme lindo, com uma banda sonora muito boa!

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3rias_de_uma_Gueixa_(filme)

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Charles Baudelaire - A uma Passante - Poesia

Charles Baudelaire

A Uma Passante

Poema de Charles Baudelaire in "Les Fleurs du Mal"

A rua ia gritando e eu ensurdecia,
Alta, magra, de tudo, dor tão majestosa,
Passou uma mulher que, com as mãos suntuosas,
Erguia e agitava a orla do vestido;

Nobre e ágil, com pernas iguais a uma estátua.
Crispado como um excêntrico, eu bebia, então,
Nos seus olhos, céu plúmbeo onde nasce o tufão,
A doçura que encanta e o prazer que mata.

Um raio... e depois noite! – Efêmera beldade
Cujo olhar me fez renascer tão de súbito,
Só te verei de novo na eternidade?

Noutro lugar, bem longe! é tarde! talvez nunca!
Porque não sabes onde vou, nem eu onde ias,
Tu que eu teria amado, tu que bem sabias!

(Tradução: Fernando Pinto do Amaral)

Les passants 11 - Pascale Parrein
http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Baudelaire

Absolutely Fabulous - Ab Fab

De Jennifer Saunders



Sou absolutamente fã desta serie! Sobretudo da serie inicial, que acaba aqui, no link "the end,"com elas já numa idade avançada. Continuou depois e fizeram inclusive o filme "Gay" que partilho aqui. Vale a pena vasculhar para encontrar estes pequenos tesouros do humor na Internet. Estes links são de alguns dos episódios que gosto, mas, podem ver tudo no site. Bom serão ou...

Está tudo em inglês.

http://www.tubeplus.me/player/676614/Absolutely_Fabulous/season_4/episode_7/Gay/

http://www.tubeplus.me/player/676630/Absolutely_Fabulous/season_3/episode_3/Sex/

http://www.tubeplus.me/player/676615/Absolutely_Fabulous/season_3/episode_2/Happy_New_Year/

http://www.tubeplus.me/player/676632/Absolutely_Fabulous/season_3/episode_6/The_End/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Absolutely_Fabulous

Walt Whitman - A um estranho - Poesia

Walt Whitman

A um Estranho 

Poesia de Walt Whitman

Estranho que passa! você não sabe com quanta saudade eu lhe olho,
Você deve ser aquele a quem procuro, ou aquela a quem procuro, (isso me vem, como em um sonho,)
Vivi com certeza uma vida alegre com você em algum lugar,
Tudo é relembrado neste relance, fluído, afeiçoado, casto, maduro,
Você cresceu comigo, foi um menino comigo, ou uma menina comigo,
Eu comi com você e dormi com você – seu corpo se tornou não apenas seu, nem deixou o meu corpo somente meu,
Você me deu o prazer de seus olhos, rosto, carne, enquanto passamos – você tomou de minha barba, peito, mãos, em retorno,
Eu não devo falar com você – devo pensar em você quando sentar-me sozinho, ou acordar sozinho à noite,
Eu devo esperar – não duvido que lhe reencontrarei,
Eu devo garantir que não irei lhe perder.

(Traduzido por Adriano Scandolara)

Les passants 19 - Pascale Parrein

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Philadelphia - Filadélfia - Filme

De Jonathan Demme





Há muito que quero colocar este filme no meu blogue. Não consegui pelo Youtube, mas partilho um link em que ele está completo. Vale sempre a pena ver este "Grande" filme com duas "Grandes" interpretações.


The Mirror Has Two Faces - O Espelho Tem Duas Faces -

De Barbra Streisand






Adoro Barbra Streisand! Procurei "Yentl" em todo o lado, mas não consegui encontrar, mesmo assim recomendo fortemente. É uma das mais ferventes feministas e ativistas no que diz respeito aos direitos humanos.
"O espelho tem duas faces" é uma boa comédia sobre a essência e as necessidades que se encontram nas relações e no amor. Está na Netflix e no YouTube

Está em inglês com legendas em espanhol...

http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Mirror_Has_Two_Faces

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Béla Bartók - Música para cordas, percursões e celesta.


Béla Bartók




Uma música que começa de uma forma suave, mas, que vai em crescendo. Adoro!


The Hound of the Baskervilles - O Cão dos Baskervilles - Filme

De Sidney Lanfield



Um filme que vi há muito tempo... Gosto de Sherlock Holmes e do seu fiel Watson. O filme data de 1939, houve varias versões entretanto, mas gosto tanto dos cenários feitos à mão, a mexer e das tentativas de efeitos especiais que dão um ar muito especial... É lindo!
Está em inglês, mas tem legendas que podem ser traduzidas para português.




quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Sophia de Mello Breyner Andresen - Como uma Flor Vermelha - Poesia

Como uma Flor Vermelha

Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen

Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas.

Então o mistério das coisas estremece
E o desconhecido cresce
Como uma flor vermelha.

Sophia de Mello Breyner Andresen
Obra Poética I, Caminho


Porque

Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen
 


Sophia de Mello Breyner Andersen in
No Tempo Dividido e Mar Novo
Edições Salamandra, 1985, p. 79

A Festa de Babette - "Babettes Gaestebud" - Babette´s Feast - Filme

https://movgotv.com/movie/babettes-feast/watching/

De Gabriel Axel


Stéphane Audran

A festa de Babette! A festa de Babette é um filme maravilhoso sobre os valores humanos. Todo o filme é sobre o que é dar de si, o que é dar amor sem receber nada em troca. Esse amor é tratado através das personagens e da abnegação das suas necessidades. Elas tentam incutir bons valores e Babette, ela, precisa de fazer o melhor que sabe para lhes dar harmonia todos os dias. Dizem que é o filme preferido do Papa Francisco e eu consigo conceber o porquê. O romantismo, a comunhão integrada na história culminam com a volúpia e a sensualidade do jantar...
É um filme sublime, com uma fotografia incrível.

Venceu o "Óscar" do melhor filme estrangeiro em 1988.

Ver no link: 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Rainer Maria Rilke - Poesia

Rainer Maria Rilke
"Seja paciente com as coisas não resolvidas
em seu coração...
Tente amar as próprias questões...

Não procure agora as respostas
que não podem ser dadas
pois você não seria capaz
de vivê-las.
E o mais importante
é viver tudo.

Viva as questões agora.
Talvez você possa, então,
pouco a pouco,
sem mesmo perceber,
Conviver, algum dia distante,
com as respostas."


Rainer Maria Rilke

Earth - Terra - Deepa Mehta - Filme

De Deepa Mehta

Earth (1998) - IMDb


Nandita Das e Aamir Khan

Não podia deixar de colocar Earth. A segunda parte da trilogia: Fire - Earth & Water de Deepa Metha. Tem partes em Inglês e outras em Hindi. Um filme sobre a Partição da Índia e a criação do Paquistão. Um processo muito doloroso, inquietante mesmo. A decadência das personagens é flagrante e os amigos de sempre transformam-se neste processo.

Está legendado em Inglês.


A música é fabulosa. Do compositor indiano A. R. Rahman




http://translate.google.pt/translate?hl=pt-PT&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Earth_(1998_film)&prev=/search?q%3Dearth%2Bdeepa%2Bmehta%26biw%3D1366%26bih%3D643

Mia Couto - A Demora - Poesia

A Demora


Mia Couto
Poema de Mia Couto


O amor nos condena:
demoras
mesmo quando chegas antes.
Porque não é no tempo que eu te espero.
Espero-te antes de haver vida
e és tu quem faz nascer os dias.

Quando chegas
já não sou senão saudade
e as flores
tombam-me dos braços
para dar cor ao chão em que te ergues.

Perdido o lugar
em que te aguardo,
só me resta água no lábio
para aplacar a tua sede.

Envelhecida a palavra,
tomo a lua por minha boca
e a noite, já sem voz
se vai despindo em ti.

O teu vestido tomba
e é uma nuvem.
O teu corpo se deita no meu,
um rio se vai aguando até ser mar.

Mia Couto, in " idades cidades divindades"


Fire - Fogo - Deepa Mehta - Filme - Portuguese & English

De Deepa Mehta


Shabana Azmi e Nandita Das


Na índia nasce um amor proibido. Este filme é uma dádiva de Deepa Metha. Ela recebeu ameaças de morte quando filmava, de tal forma que teve de sair da índia. Alguns cinemas, os que se atreviam a passar o filme, foram queimados. Para quê???
Porque são duas mulheres que descobrem o amor entre elas. Um amor para fugir da solidão e das convenções... Um filme muito interessante sobre os segredos do coração. "Quando não há escolha, o coração é que escolhe!"
Da trilogia: "Fire"; "Earth"; "Water". OMG, são todos magníficos!
Vale a pena ver e ouvir alto para não perder nada!
Está aqui legendado, aproveitem bem. Esta fábula é maravilhosa.
Vejam no YouTube é só clicar.  

In India, a forbidden love is born. This film is a gift from Deepa Metha. She received death threats while filming, so much so that she had to leave India. Some cinemas—those that dared to show the film—were burned. For what??? Because they are two women who discover love between them. A love to escape loneliness and conventions... A very interesting film about the secrets of the heart. "When there is no choice, the heart chooses!" . From the trilogy: Fire; Earth; Water. OMG, everyone is magnificent! It's worth seeing and listening aloud so you don't miss anything! It's here, with subtitles. Enjoy it. This fable is wonderful. See it on YouTube! Just click.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fire_(filme)

Florbela Espanca - Amar - Poesia

Amar!

Poema de Florbela Espanca

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...


Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"

It´s a Wonderful Life - Do Céu caiu uma Estrela - Filme

 De Frank Capra

Donna Reed e James Stewart




Adoro James Stewart, adoro " Do Céu caiu uma Estrela" de Frank Capra. E se... nos momentos de maior aflição nos aparecesse um anjo...Wonderful!
É difícil encontrar online.

Eugénio de Andrade - Urgentemente - Poesia

Urgentemente

Poesia por Eugénio de Andrade

É urgente o amor
É urgente o barco no mar

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos, 
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros,
a luz impura até doer.
É urgente o amor
É urgente permanecer.

Eugénio de Andrade em "até Amanhã"

The Nigth of the Demon - A Noite do Demónio - Filme

De Jacques Tourneur





Um dos melhores filmes sobre o tema das actividades paranormais. A história é muito interessante. Os efeitos especiais são muito rudimentares, é o que os torna esteticamente fantásticos. O cepticismo do herói é o elo que nos liga ao filme. Vale a pena ver!

Está em inglês, mas, tem legendas que podem ser traduzidas para português.

http://translate.google.pt/translate?hl=pt-PT&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Night_of_the_Demon&prev=/search%3Fq%3Dthe%2Bcurse%2Bof%2Bthe%2Bdemon%2B1957%26biw%3D1366%26bih%3D642

Federico García Lorca - Sinto - Poesia

Sinto

Federico Garcia Lorca
Poesia De Federico García Lorca

Sinto
que em minhas veias arde
sangue,
chama vermelha que vai cozendo
minhas paixões no coração.
Mulheres, por favor,
derramai água:
quando tudo se queima,
só as fagulhas voam
ao vento.

Federico García Lorca, in 'Poemas Esparsos'
Tradução de Oscar Mendes in "Citador"


Confusão

Poesia de Federico García Lorca

Confusão

Meu coração
é teu coração?
Quem me reflexa pensamentos?
Quem me presta
esta paixão
sem raízes?
Por que muda meu traje
de cores?
Tudo é encruzilhada!
Por que vês no céu
tanta estrela?
Irmão, és tu
ou sou eu?
E estas mãos tão frias
são daquele?
Vejo-me pelos ocasos,
e um formigueiro de gente
anda por meu coração.

Federico García Lorca, in 'Poemas Esparsos'
Tradução de Oscar Mendes in "Citador"


Poema Duplo do lado de Eden

Poesia de Federico García Lorca

Marc Chagall - Adão e Eva expulsos do Paraíso
(A Eduardo Ugarte) :
"O nosso gado pasta, o vento espira." - 
Garcilaso de la Vega

Era a minha voz antiga
ignorante dos densos sumos amargos.
Adivinho-a a lamber-me os pés
sob os frágeis fetos molhados.

Ai voz antiga do meu amor!
Ai voz da minha verdade!
Ai voz de minhas costas abertas,
quando todas as rosas me brotavam da língua
e a relva não conhecia a impassível dentadura do cavalo!

Estás aqui a beber meu sangue,
a beber meu humor de menino passado,
enquanto meus olhos se quebram no vento
com o alumínio e as vozes dos bêbados.

Deixar-me passar a porta
onde Eva come formigas
e onde Adão fecunda peixes deslumbrados.
Deixar-me passar, homenzinhos dos cornos,
o bosque dos espreguiçamentos
e dos saltos alegríssimos.

Eu sei o uso mais secreto
que tem um velho alfinete oxidado
e sei o horror de uns olhos acordados
sobre a superfície concreta do prato.

Mas não quero mundo nem sonho, voz divina,
quero a minha liberdade, meu amor humano
no recanto mais escuro da brisa que ninguém queira.
Meu amor humano!

Esses cães marinhos perseguem-se
e o vento espreita troncos descuidados.
Oh voz antiga, queima com tua língua
esta voz de lata e de talco!

Quero chorar porque me dá gana,
como choram os meninos do banco mais atrás,
porque não sou um homem, nem um poeta, nem uma folha,
mas um pulso ferido que ronda as coisas do outro lado.

Quero chorar ao dizer o meu nome,
rosa, menino e abeto na margem deste lago,
para dizer minha verdade de homem de sangue
matando em mim a troça e a sugestão do vocábulo.

Não, não. Eu não pergunto, eu desejo.
Voz minha libertada que me lambes as mãos. 

Federico García Lorca

2001: a Space Odyssey - 2001: Uma Odisseia no Espaço - Filme

De Stanley Kubrick



Está neste "link" em inglês:


Um filme excecional! A evolução do ser humano através do desenvolvimento da inteligência. Uma inteligência expressa de forma interna e externa: através das evoluções manuais e tecnológicas impostas por questões de preservação da espécie e das invenções de instrumentos bélicos. O nosso impulso pelo controlo e a vontade de dominar tudo o que nos rodeia, pode em algumas circunstâncias virar-se contra nós. E se perdemos a nossa essência nessa evolução?
Um filme interessante, inquietante, visionário mesmo, sobre as barreiras que devemos preservar enquanto humanidade. Vale a pena ver e rever para perceber o quanto somos pequenos!
Uma obra-prima do cinema!

http://pt.wikipedia.org/wiki/2001:_a_space_odyssey

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Jhon Keats - Ode a Psiquê - Poesia

Ode a Psiquê 

Jhon Keats
Poesia de Jhon Keats
Escuta, ó deusa, os versos que, sem melodia,
Doce coerção e grata relembrança me tiraram;
Perdoa que eu module os teus segredos
Mesmo na branda concha desses teus ouvidos:
Hoje sonhei por certo; ou contemplei
Psiquê, a de asas, com olhos acordados?
Numa floresta eu caminhava descuidoso,
Mas de repente, e desmaiando surpresa,
Vi duas belas criaturas respirando lado a lado
Na relva mais profunda, sob um teto sussurrante
De folhas e flores trêmulas, em sítio onde corria
Um riacho apenas entrevisto.
Em meio às flores quietas, de raízes frias e olhos odorantes,
Azuis, branca de prata e em púrpura abotoando,
Eles se reclinavam na camada relva,
Tranquilos respirando, braços e asas enlaçados;
Os lábios desunidos, mas sem terem dito adeus,
Tal como se apartando pelo sono de mãos leves,
E ainda prontos a exceder os beijos dados
Ao madrugar-lhes pelos olhos o auroral do amor;
Reconheci o alado jovem; mas quem eras,
Ó afortunada, afortunada rola?
Sua fiel Psiquê!

Psiquê e Eros
Ó a mais jovem e visão de longe a mais encantadora
De toda a esmaecida hierarquia olímpica!
Mais bela que no céu safira o astro de febe
Ou Vésper, amoroso vaga-lume dos espaços;
Mais bela, embora não possuas templo
Nem altar de flores cumulado;
Nem coro virginal a erguer lamento deleitoso
Nas horas em que a noite vai em meio;
Nem voz, nem alaúde, frauta ou doce aroma
A fluir de turíbulo suspenso nas correntes;
Nem santuário, nem bosque, oráculo ou fervor
De profeta a sonhar de lábios pálidos.

Ó a mais brilhante! Embora muito tarde para antigos
votos
E muito, muito tarde para a lira apaixonada e crédula,
Quando sagrados eram os ramos assombrados da floresta,
Sagrados o ar, a água e o fogo;
Contudo mesmo nestes dias tão distantes
Do oculto afortunado, as tuas asas lúcidas,
Librando-se entre os lânguidos olímpicos,
Eu vejo e canto, por meus próprios olhos inspirado.
Assim, seja eu teu coro, e erga um lamento
A fluir do turíbulo oscilante;
Teu santuário, teu bosque, teu oráculo e o fervor por ti
Do profeta a sonhar de lábios pálidos.
  Jhon Keats

Witness for the Prosecution -Testemunho da Acusação - Filme

De Billy Wilder


Tyrone Power e Marlene Dietrich





Billy Wilder é um dos meus realizadores predilectos e neste filme adapta um conto, peça de teatro, de Agatha Christie. Um assassinato, um assassino e uma testemunha.
O filme conta com a presença, mais uma vez, de Marlene Dietrich. Vale a pena ver!

http://pt.wikipedia.org/wiki/Testemunha_de_Acusa%C3%A7%C3%A3o_(filme)

Renée Vivien - A la Bien-Aimée - Poesia

A la Bien-Aimée


Poema de Renée Vivien

Vous êtes mon palais, mon soir et mon automne,
 Et ma voile de soie et mon jardin de lys,
 Ma cassolette d’or et ma blanche colonne,
 Mon par cet mon étang de roseaux et d’iris.

 Vous êtes mes parfums d’ambre et de miel, ma plume,
 Mes feuillages, mes chants de cigales dans l’air,
 Ma neige qui se meurt d’être hautaine et calme,
 Et mes algues et mes paysages de mer.


 Et vous êtes ma cloche au sanglot monotone,
 Mon île fraîche et ma secourable oasis…
Vous êtes mon palais, mon soir et mon automne,
 Et ma voile de soie et mon jardin de lys.

 (Renée Vivien, À l'heure des mains jointes, 1906)


Minha tradução livre:

À bem Amada

poema de Renée Vivien traduzido por Audrey Love (Dec 2013).

Você é o meu palácio, a minha noite e meu Outono
E o meu véu de seda e meu jardim de lírios,
Meu queimador de ouro e minha branca colónia
Meu par este meu lago de juncos e d´íris.

Você é meus perfumes de âmbar e de mel, minha pena,
Minha folhagem, meus cantos de cigarras no ar,
Minha neve que agoniza de altivez e de calma,
E minhas algas e minhas paisagens de mar.

E você é o meu sino com o choro monótono
Minha ilha fresca e meu precioso oásis...
Você é o meu palácio, a minha noite e meu Outono
E o meu véu de seda e meu jardim de lírios

(Renée Vivien, À l'heure des mains jointes, 1906)




"The Touch" 

Poema de Renée Vivien 



Uma curta-metragem de Jane Clark sobre a despedida de Renée Vivien com uma das suas amantes.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Morocco - Marrocos - Filme

De Josef Von Sternberg


Gary Cooper e Marlene Dietrich

Mais um filme culto! Um dos meus filmes preferidos, com dois dos meus actores preferidos. Um amor que nasce em tempo de guerra. Mostra a condição das mulheres que se sujeitam à resignação quando aceitam viver a vida dos seus soldados e legionários amados. Um filme lindo!

http://cinemalivre.net/filme_marrocos_1930.php

http://pt.wikipedia.org/wiki/Marrocos_(filme)

O canto