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By Ferramentas Blog

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Poesia que eu tenho como minha...


Inquietude da pele


Houve tempos em que te desejei
Secretamente…
Sempre me negaste,
O sabor dos teus abraços.
E quando os ventos,
Fizeram-te lembrança…
Apenas um sopro teu,
E perdi a confiança.
Mas quem és tu?
Que me atormenta?
Que me inquieta?
Que me arrasa?
E me queima?
Preciso ver de novo a luz!
Que me levou longe de ti…

Audrey Love 2014 (ASC)




Apetite Feroz!

Cerejas vermelhas enchiam de cor os meus lábios depois de devorá-las sem piedade.
Cada dedo era severamente revistado pela minha boca e retirado para secar ao ar.
Nada sobrevivia a este apetite feroz que partilhei contigo no sofá da sala.
Imploravas para eu te deixar algumas cerejas num combate perdido à partida
- elas estavam num prato em cima das minhas pernas...
Querias ser eu e imitar tudo o que eu fazia, mas, sobretudo,
depois ou antes das cerejas,
partilhaste o ar que eu respirava.

Audrey Love (2014) (ASC)

As rosas do coração


Não tenho a pretensão de ser poeta
Com palavras ditas ao vento... 
Que caem ao chão e apodrecem.
Quero-te mais hoje que alguma vez quis.
Não percebo de ilusão e de malabarismos
És real em tudo o que tocas em mim.

Nasceu uma nova realidade, uma realidade disfarçada de boas intenções...
Um mar de rosas ampara a queda antes de chegar ao punhal das invejas.
Os atores da vida permanecem em todos os recantos e tenho dificuldade em saber quem são?
Mas sei, e cada vez mais, que existe um mundo que nos espera a todos em que as estrelas que brilham e brilham para todos. Tu és uma delas..
Brilhas na minha noite há muito tempo, e se já não derreto sob o teu olhar, quero e mereço amar-te.
Não quero ser mais o que posso ser, quero apenas ser a tua pele uma vez.
Já te desenhei mil vezes e te despi outras mil, de todas as maneiras possíveis, enquanto fazias-me o mesmo.
Não vale a pena. 

Os que são sombras e atuações querem convencer-me de que te não posso ter nos meus braços . 

E enquanto dormia...

A tua essência fluía, fumegante de magia
Dançavas nu, num sonho maravilhoso.
Fiz-me pó, luz, centelha de vida.
Éramos dois e dançávamos sós.

As únicas unidades de matéria.

És infinito do céu, do mar
Tua pele, elixir de amor
Teu perfume no corpo,
Sou vidro, cristal antes de quebrar.

Abraça-me!

Audrey Love 2014(ASC)


“From north with love!"


E se tudo se resumisse a um momento. 
Ao momento em que se deixa de ter olhos para nós.
Não era o fim do mundo era apenas o começo. 
O começo de uma história que gloriosamente podia crescer entre as estrelas. 
As estrelas que brilham no mais profundo buraco da galáxia e que se veem refletidas em nós pela eternidade.

Resultado de imagem para gulliver o giganteNão estava à espera de abrir a porta e de esbanjar em ti. 
Não estava à espera de fechar a cortina do quotidiano. 
Vieste-me preencher de flores, de ventos cheios de poesias e de chocolate.
Adoro-te. 
As viagens de Guliver são poucas para te sentir no cume do meu coração. 
Estás bem dentro do meu corpo, como as abelhas nas entranhas das colmeias. 
Amo-te!
Quero dizer...podia amar-te.

Rápidas melhoras para os engenhos que não descolam. 
Para as garrafas que jazem vazias pelo chão. 
Mata-o vício.
Mata! 
Mata-te!
Morre um pouco e revive comigo!

Nas minhas mãos, nas minhas unhas, desfeitas de tanto raspar as paredes invertidas.

Resolve o teu caco e renasce em mim.
Não tenho luas para dar, tenho um mar, um mar de sal.
Veste-te de todos os disfarces do mundo e sai!
Sai da minha barriga, já não tenho a fome que outrora me deste. 
Tenho um grito, agora, como o tigre selvagem.

Abraça-te a mim, mais uma vez.
Os espelhos estão distorcidos e as peles desmanteladas.
Frias de tanto estarem ao sol.

Derrete-me de novo… infinitamente...ou gela...

(Escrevi isto em dois minutos. Não quero, nem vou alterar uma palavra. Elas simplesmente apareceram e ficou assim... Audrey Love - 2016) (ASC)


A Garrafa do Mar



Uma garrafa jaz na areia

Dentro

Uma mensagem em verde:

- “Não partir!

Enche da tua vida e partilha

Guarda…


O que quiseres.”


(Audrey Love 2016) (ASC)




As Lágrimas que não Chorei






Derramei água no chão sem dar por isso.
Procurava a secura nos teus ombros perfumados.
Tinhas tudo o que queria.
O momento não era propício.

Saltavas de alegria sempre que me vias.
Aceitava a tua presença como uma dádiva do céu.
Nas minhas entranhas outra mexia.
Nos meus sonhos ela aparecia.

Ganhava o teu olhar perdido no meu olhar.
Não eras tu era eu.
Não queria voar nos teus braços.
Investir os teus beijos.

Não queria a intimidade que me vendias.
Como uma compra em segunda mão.
Amava-me, amavas-me.
Eu não te amava.

Podia não ser um problema?
Para muitos não é!
Mas porquê ser feliz duma felicidade falsa?
Aos poucos nascia uma outra em mim.
Feliz,
Radiante,
Amorosa,
Pronta para a vida e outras da vida.

Não és a minha tábua de salvação.
Não!
És pessoa com respeito e dignidade,
Dignidade que não te posso dar.

Seria bom?
Seria o suficiente para nós?
Vive a tua vida longe de mim.
Salva-te!

As lágrimas que não chorei da tua não separação.
São lágrimas que guardo no meu coração.


Audrey Love (ASC) 2018



Vin Rouge - Vinho Tinto




O vinho tinto é como um amigo - estabelece uma ligação de convivência, de tranquilidade e de confraternização.

Eu erguia a sua volúpia, enquanto escolhias um vinho branco fresco empregado nas tuas manias.
Bebeste dois de seguida, enganada pelo calor. Não sentias a frescura da acidez cítrica na boca nem o ardor.

O vinho tinto precisa de tempo para saborear. Conquista a garganta com aromas profundos que perduram até ao infinito da alma. O meu, acompanhou-me na noite, entrelaçado na minha mão libertando o corpo à minha paixão.

Cambaleaste até ao carro, não sabias onde andavas. Se não fosse a exitacão dos meus sentidos perpetrada pelos taninos, estaria perdida, incapacitada.
No caminho, revelaste mil coisas perdidas no álcool que girava na tua cabeça, como nos anéis à volta de Saturno.

O vinho tinto incorpora as conversas na sua composição, é espaço, é todas as possibilidades.

Audrey Love 2019 (ASC)
Beber com moderação!
Foto de Freepik.com

PS: Também gosto de vinho branco




O Lamento da Amazónia




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A Amazónia queima e chora. A Amazónia queima e chora, consegues ouvir o seu lamento?

A Amazónia e a terra sofrem da tirania do homem. A destituição de toda uma humanidade em prol do lucro e do beneficio - beneficio que também é meu, meu por inércia, por incompetência, por volubilidade, por causa da minha, nossa alimentação, consegues estar bem?
Estaria ela bela e saudável?

Como seria o nosso mundo sem ela? Sem ela, a terra?

Estes mentirosos que a colocam em segunda mão, são os que a matam. Hoje, somos nós contra ela, entendes o seu lamento?

Os jogos dos bonecos que estão como recantos das nossas belas vivências desperdiçam os olhos dos que a sentem.

A Amazónia arde, os animais gritam, consegues ouví-los? O desespero ao fugirem das chamas, o olhar para a sua terra, terras, e por fim morrerem nela, nelas, queimados, será que alguém os vê? Será que alguém os ouve?  Choramos os nossos mortos, as mortes dos que nos são queridos, esquecendo que somos todos filhos dela. Indígenas, activistas ambientais, condenados à morte por serem a terra roubada. Não há inteligência superior quando se queima o nosso habitat, quando se explora as nossas reservas, quando se mata...mata...mata!

A Amazónia é apenas uma das florestas que está a arder dentro da minha barriga. Sinto o cheiro da água a escassear no meu sangue, e as bolas, essas bolas que voam nas surpresas dos que pensam que possuam o mundo, mas, nada é deles. A água corre entre os rios da morte.

A morte persegue de dia e de noite, consegues vê-la? Está em todo o lado com uma capa de cifrões. Pessoas são desalojadas das suas casas, consegues conduzir?

O poder dos que pensam que o poder é matar é um poder vão e inútil. A morte ceifa tudo e todos no seu caminho! Não precisa de ajuda. E se a deixarmos chegar quando for a nossa hora, a hora dela, a tua, a minha, deles que se afogam nas lágrimas de crocodilos que andam por aí.

A terra cresceu estes milhões de anos, consegues contá-los? A tua passagem é mínima, o teu traço na neve desvanece com o vento. Ela nos sobreviverá, ninguém vai ficar para ver, apenas as nossas plantas, saídas no arco íris das esperanças desumanas de pais. Vidas cinzentas de carvão queimado.

A Amazónia tem milhões de anos, anos de desenvolvimento em que conseguiu suster uma biodiversidade imensa. Consegue fazer chover, apenas com a sua humidade.
Consegues ouvir o seu lamento?

Tesouros brilham, arqueológicos, hieróglifos e a sua história consegues apreendê-la?

Foge do teu outro ser, purifica-te com a qualidade do ar, não com águas na testa. Descobre o amor, a empatia por todos e tudo.

O lamento da Amazónia e de tudo o que se passa na nossa terra é o nosso lamento!
- Consegues ouvir-te?
Audrey Love  by ASC
(2019)




A Terra como Fronteira



A terra como fronteira


A fronteira do coração imensa e tocável
única arma no firmamento
é a paz que une a desmesurada afeição

Fronteiras divididas entre humanos
no benfazejo dum luar
enganado na tenebrosa mentira

Fronteiras embebidas em sangue
no dinheiro que separa a vida 
da sua essência.

Fronteira do meu coração que sofre
da humanidade perdida na sua desumanidade

Fronteira dos meus "olhos limpos pelas lágrimas" 
que correm pelas vítimas selvagemente encarceradas 
num espaço sem tempo 

Mãos entrelaçadas como refúgio das almas caídas 
na infinita dor da pomba espezinhada 
no medo como arma vil e traiçoeira.

Parem estas guerras trágicas e reponham a fronteira
que a todos nós une, que a todos nós dá a vida!
Reponham a fronteira da terra!
A magnânima génese 

A terra como fronteira do amor, da empatia e da paz


Audrey Love (ASC 2022

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