Nos inícios ou fins dos dias
encontrámo-nos do outro lado do espelho
enjaulados nos movimentos mecânicos
Estás sempre distraído, ausente,
perdido na miragem das viagens
do outro lado do telemóvel.
Quando o nosso olhar une-se
nos segundos furtados ao tempo
Invejamos quem leva uma mão
para abrir o caminho.
Se sentimentos partilhamos
por uma ínfima passagem
eles desvanecem após as paragens
nos obscuros e tenebrosos túneis.
Aceno-te com vislumbre
envio a tua liberdade
Transformas a solidão
num momento especial
Todos os dias procuro-te
no meio deste incenssante caos
perco-te mas reencontro-te
por entre os vidros
a tua imagem mil vezes
repetida nos Confins de Hades.
A luz, único graal da nossa jornada
transforma-nos.
Audrey Love, ASC (2024)
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