Com bolinha
uma penumbra de solidão invade-me.
Estou só, trabalhando, ouvindo música, comendo, e em cada momento
lembro-me dos teus braços a envolver o meu corpo,
lembro-me dos teus braços a envolver o meu corpo,
as tuas mãos os meus recantos, as minhas zonas erógenas
e do bem que fazes quando me tocas.
Há dias, em que a lembrança chega para me saciar, mas,
o espaço físico que me separa de ti
o espaço físico que me separa de ti
esboça um vazio onde a morte mistura-se com a vida.
Não estás, mas os caminhos que segues para dar-me prazer
são os segredos que partilhamos.
Segredos que te mostrei, que conheço e sei como explorá-los.
Sei que não tenho o teu cheiro, a tua respiração,
o teu suor, as nossas voltas na cama, o teu orgasmo, mas,
a tua presença emerge da lembrança dos teus beijos,
da tua humidade na minha boca, do meu mar ao teu toque,
da tua doce massagem e da tua íntima penetração.
Lembro-me, e um fogo animalesco nasce em mim.
Transpiro de te querer e suspiro por não te ter.
Grito a falta que te tenho!
O calor aumenta e dispo-me com a paixão que farias
- à porta, no corredor, na cama, com a tua boca na minha,
com a tua língua na minha, com a tua mão na minha…
As roupas desvanecem num turbilhão de desejo.
Sufoco com o ar que me roubaste, estou só e quero-te!
Fico desamparada com o desejo que cresce...
Só tenho uma solução - a masturbação!
Audrey Love ( ASC) 2020
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