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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Gibran Khalil Gibran - Quando o Amor - Poesia



Gibran Khalil Gibran


Quando o amor ...

 
Acenar, siga-o, ainda que por caminhos ásperos e íngremes

E quando suas asas o envolverem, renda-se a ele ainda que a

lâmina escondida sob suas asas possa feri-lo.

E quando ele falar a você, acredite no que ele diz,

ainda que sua voz possa destroçar seus sonhos,

assim como o vento norte devasta o jardim.

Pois, se o amor o coroa, ele também o crucifica.

Se o ajuda a crescer, também o diminui.

Se o faz subir às alturas e acaricia seus ramos mais

tenros que tremem ao sol, também o faz descer às raízes

e abala a sua ligação com a terra.

Como os feixes de trigo, ele o mantém íntegro.

Debulha-o até deixa-lo nu.

Transforma-o, livrando-o de sua palha.

Tritura-o, até torna-lo branco.

Amassa-o, até deixa-lo macio;

e então submete ao fogo para que se transforme

em pão no banquete sagrado de Deus.

Todas essas coisas pode o amor fazer para que

você conheça os segredos do seu coração,

e com esse conhecimento se torne um fragmento

do coração, da vida. 

Victor Florence Pollet - Endymion & Selene 

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