Sentir-se impotente
O ano de 2024 foi um dos piores anos que tive a oportunidade de viver. Foi o mais desafiante, certamente. Todos os anos não são iguais. O tempo passa por nós e não apenas nas rugas e, se alguma vez duvidei dele, tive uma real perceção porque, passa também, pelas pessoas que nos são mais queridas.
O tempo tem algo de positivo é verdade, dá-nos sempre oportunidade de mudar, remediar ou de melhorar. Supostamente, também cura as feridas, mas, Azrael está sempre à espreita com a sua gadanha ceifando em todos os lugares e quando ceifa quem mais amamos, esse tempo não é de uma grande ajuda.
Sentir-se impotente foi o que eu senti face ao destino, face ao desconhecido. Confiei nas melhores pessoas, fui desapontada por elas. Dei tempo para tudo voltar ao normal e nada voltou ao que era. Não soube desistir, lutei, lutamos mesmo se a luta foi infrutífera.
O ano de 2024 foi o ano da perda, do luto. Foi o ano da inimaginável força interna que está escondida em nós. Foi o ano da incontornável saudade. Não houve tempo para nada.
O meu único pensamento positivo é que durante os seus anos de vida, foi a pessoa mais generosa para os seus pares. Teve a homenagem que merecia…
Só Deus sabe, sobretudo o Deus que ela acreditava, que eu era capaz de mover o mundo para voltar a tê-la aqui.
O ano de 2024 foi horrível, por isso tenho muito esperança em 2025.
Feliz ano novo!
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