Eu erguia a sua volúpia, enquanto escolhias um vinho branco fresco emprenhado nas tuas manias.
Bebeste dois de seguida, enganada pelo calor. Não sentias a frescura da acidez cítrica na boca nem o ardor.
O vinho tinto precisa de tempo para saborear. Conquista a garganta com aromas profundos que perduram até ao infinito da alma. O meu, acompanhou-me na noite, entrelaçado na minha mão libertando o corpo à minha paixão.
Cambaleaste até ao carro, não sabias onde andavas. Se não fosse a exitacão dos meus sentidos perpetrada pelos taninos, estaria desorientada, incapacitada.
No caminho, revelaste mil coisas perdidas no álcool que girava na tua cabeça, como nos anéis de Saturno.
O vinho tinto incorpora as conversas na sua composição, é espaço, é todas as possibilidades.
Audrey Love 2019 (ASC)
Beber com moderação!
Foto de Freepik.com
PS: Também gosto de vinho branco
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